sábado, 31 de outubro de 2009

1º de NOVEMBRO: DIA MUNDIAL VEGANO

VEGANISMO:
UMA FILOSOFIA DE VIDA GUIADA PELA ÉTICA E PELO RESPEITO À VIDA!




NÃO QUEREMOS JAULAS MAIORES! QUEREMOS JAULAS VAZIAS!
GO VEGAN!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Defenda os animais domésticos dizendo NÃO ao projeto de lei!


Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal. Porém, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.

A intenção do Projeto de Lei é alterar o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão “domésticos e domesticados” e, assim, descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.

Essa alteração significaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, ao tornar ainda mais branda a legislação animal vigente, favorecendo a impunidade.

Os inúmeros casos de maus-tratos que se repetem diariamente no país deixariam de ser crime. O combate às condenáveis rinhas de cães e galos, por exemplo, seria dificultado ao extremo.

Você faria algo bem simples para ajudar os animais domésticos no Brasil?

O momento é delicado, sendo de fundamental importância que todos aqueles que se importam com os animais se manifestem. Lembre-se que a opinião popular é essencial para a aprovação ou rejeição de leis.

A WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que NÃO APROVEM o Projeto de Lei 4.548/98, que modifica o art.32.

É MUITO importante que todos leiam e assinem!
Por favor, vamos ajudar a acabar com esse absurdo!
Assinem e divulguem, é apenas um minuto.

O link é:
http://e-activist.com/ea-campaign/clientcampaign.do?ea.client.id=101&ea.campaign.id=4207&

domingo, 4 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS - 4 DE OUTUBRO

"A verdadeira bondade humana só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. É aí que se produz o maior desvio humano, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras." (Milan Kundera)


sábado, 3 de outubro de 2009

Os animais e seus humanos


Qual a diferença entre seu hambúrguer e seu cachorro? Aliviar a dor de uma cobaia que em breve terá ácido jogado em seus olhos, torna o procedimento justificável? Os especialistas ouvidos pela edição de hoje do Caderno G Ideias discutem o que faz com que os animais tenham direitos, os limites da intervenção humana e os efeitos que colhemos com nossa relação pouco saudável com os animais. São estudiosos que dedicam sua vida a criar novas fronteiras na filosofia e na ética, tirando do homem o centro gerador dos valores e focando na vida, entendendo o ser humano apenas como mais um animal neste imenso bioma chamado Terra.

De uma cultura que se restringia a pequenos rebanhos de ovelhas cuidadas por pastores nômades, há cerca de 10 mil anos, evoluímos para fazendas-indústria, onde animais crescem confinados, em tempo recorde, alimentados com hormônios e sem se movimentar.

Um olhar sobre as crueldades denunciadas nos abatedouros, circos, laboratórios e na indústria de peles, revela que algo pa­­re­­ce ter dado errado na relação dos ho­­mens com os animais.


Uma concepção biocentrista de um (nem tão) novo movimento propõe repensar os caminhos que nos levaram a entender a vida de animais como produtos passíveis de compra e descarte

A partir da década de 1970, uma corrente filosófica começou a se desenvolver para pensar uma nova ética para a questão, principalmente após o lançamento do livro Libertação Animal (Ed. Lu­­gano), de Peter Singer, em 1975, que estabeleceu conceitos para o movimento homônimo.

Esta luta se expandiria contestando os argumentos da indústria e da própria ciência, considerando todos os seres como sujeitos e não mais como produto, pressionando governos e empresas a mudarem suas posturas e definindo um novo paradigma no tratamento para com os animais.

Senciência
Segundo um dos maiores especialistas em Bioética do mundo, o escritor e filósofo Tom Regan, em seu livro Jaulas Vazias (Ed. Lugano), afirma que o que faz com que os animais tenham direitos são os mesmos motivos que fazem com que bebês ou pessoas com limitações físicas ou intelectuais os tenham.

Apesar de não fazerem uso da mesma linguagem e não terem o mesmo entendimento de mundo que a sociedade que os cerca, têm consciência do que está à sua volta e se importam com o que acontece a eles, quer os outros se importem ou não.

Esse conceito, definido pelo filósofo como “sujeitos-de-uma-vida”, é o que faz com que animais tenham direitos: sua senciência, a consciência de si mesmo e de estar no mundo, além do instinto de preservação de sua integridade.

De acordo com a especialista em Bioética Sônia Felipe, da Uni­­versidade Federal de Santa Cata­rina (UFSC), estar vivo e ter a no­­ção de si no ambiente não é prerrogativa dos humanos e considerar esse fato nas sociedades animais eleva a dignidade humana. “A mesma lógica que aplicarmos contra os interesses dos animais pode ser empregada contra nós, porque, quer queiramos ou não, somos animais. Quando pensamos que eles têm um estatuto moral próprio, pensamos que nossa condição também o tem. Assim, ao invés de nos rebaixarmos, dignificamos nossa estatura moral.”, afirma.


A lei é a lei
O artigo 32 da Constituição Brasileira protege animais de abusos que ponham em risco sua integridade física e psicológica. Poucos países trazem no texto constitucional a garantia do bem estar dos animais.

O escritor Laerte Levai, promotor de Justiça de São José dos Campos e especialista em Bioética pela Universidade de São Paulo, defende uma posição crítica em relação à não-aplicação das leis contra maus-tratos aos animais de produção.

Segundo ele, a relação homem/animal tem sido marcada pelo estigma do domínio e da servidão, dentro do qual as espécies não-humanas são desconsideradas em sua dignidade.

“A legislação, por melhor que seja, nunca será suficiente para a mudança de mentalidades. Isso porque o direito envolve coerção, enquanto a sensibilidade humana vem da educação”, ressalta.

Seu cachorro e sua comida


Em O Dilema do Onívoro (Ed. Intrínseca), o jornalista estadunidense Michael Pollan diz que, quanto maior a distância das duas pontas da cadeia alimentar humana – o solo e a prateleira (dos supermercados, açougues e afins) – mais ignorantes somos em relação ao que comemos.

Esse é o paradigma que explica, segundo Sônia Felipe, porque gostamos de nossos cães e gatos, mas não estabelecemos a mesma empatia com relação a bois e peixes.

“Os animais usados como comida são desconhecidos da mente humana, especialmente a formatada nos centros urbanos. Mas as pessoas que têm animais em sua companhia, acompanham a agonia e as alegrias desse animal no cotidiano. Feito isso, já não suportam a ideia de infligir a esse animal qualquer tipo de dano, dor ou sofrimento”, diz.


Para a professora, esse processo alienatório extingue a culpa do consumo, pela diferenciação de que uma espécie tem mais valor do que outra, levando em conta sua utilidade ao ego humano. “ Abraçar um tipo de animal e passar a faca no pedaço de carne de outro no seu prato, torna-se algo natural. Há uma distância enorme entre o que a mente produz, ao elaborar a percepção do animal como um ser vivo senciente, que precisa receber proteção e cuidados, e a percepção da carne, alimento propagado como bom e necessário para o organismo humano”, opina.

Fonte: Gazeta do Povo

USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais

Um laboratório da USP desenvolveu uma pele artificial que pode substituir testes de cosméticos em animais e ajudar também em sua redução nos testes farmacológicos.

Agora, as pesquisadoras estão em fase de contatos com empresas para viabilizar o financiamento da utilização do modelo desenvolvido, apesar de ele já estar pronto há cerca de um ano.



Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes


De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvya Stuchi, responsável pela pesquisa, já existem outros modelos de pele artificial sendo utilizados nos Estados Unidos e Europa. No entanto, há dificuldades de transporte e importação, já que é um material vivo e sensível.

Assim, quando há a demanda de não usar animais no Brasil --ou pelo menos usar menos--, o que acaba acontecendo é o envio dos princípios ativos dos cosméticos para testes no exterior. O problema é que a indústria brasileira gasta muito para fazer testes em outros países.

"Desenvolvemos uma estrutura de pele completa, com três elementos", diz Stuchi. "o melanócito, responsável pela pigmentação; o queratinócito, responsável pela proteção; e o fibroblasto, segunda camada", explica ela.

Tendência: sem animais
"A partir deste ano, na Europa, já não há testes em animais para cosméticos, é algo mandatório", afirma a professora Silvia Berlanga, corresponsável pela pesquisa na USP. "É uma tendência mundial."


Para cosméticos como filtro solar e creme antirrugas, a questão fica mais fácil de resolver com a pele artificial e por isso animais já foram totalmente substituídos no continente europeu. Porém, a questão fica mais dificil no que toca à indústria farmacêutica, diz Berlanga. "Os medicamentos podem envolver também ingestão via oral, ou mesmo endovenosa [pelo sangue]", explica ela.

Fármacos envolvem absorção pelo organismo, o que vai além da pele em si. Por isso, neste caso, o que ocorreu foi a redução do uso de animais, já que ao menos certas etapas de testes puderam ser substituídas.

Motivações
O representante da Interniche (International Network for Humane Education) no Brasil, o biólogo e psicólogo Luís Martini, estima que ainda mais de 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experimentos e testes.

Uma motivação para a transferência para modelos de laboratório é a própria importância científica de trabalhar com a pele da própria espécie humana, que é específica. "Assim trabalha-se com algo mais fidedigno ao que é real", explica a professora Silvya Stuchi.

Martini esclarece ainda que, devido às diferenças fisiológicas entre as espécies, há "inúmeros casos em que medicamentos que foram desenvolvidos e testados em animais tiveram que ser retirados do mercado por terem causado efeitos adversos severos quando foram utilizados por seres humanos".


Outro motivo é a "ética da experimentação" ao lidar com os animais, como diz Berlanga. "Mesmo que fique mais caro com a pele artificial, é importante reduzir o uso de animais", diz ela.

George Guimarães, presidente do grupo de defesa dos direitos animais Veddas, vai mais além. "Consideramos isso [uso de animais] inaceitável do ponto de vista moral e ético, uma vez que esses animais não escolheram ser usados para servir aos nossos interesses."
O ativista e nutricionista afirma ter levado a Brasília, na época da aprovação da lei Arouca, que regulamentou os experimentos com animais em outubro de 2008, um total de 26 mil assinaturas buscando expor sua visão. Mas diz não ter obtido espaço com os parlamentares, que só recebiam "representantes das instituições científicas".

Martini completa dizendo que "os experimentos em animais causam dor e sofrimento". Assim, "segundo o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, deveríamos respeitá-los nos seus direitos básicos que são o direito à vida, à integridade física e à liberdade."

DesenvolvimentoA matéria-prima utilizada para criar a pele é na verdade de doadores humanos mesmo, que fazem cirurgias plásticas --no caso do laboratório da USP, são utilizadas doações do Hospital Universitário. Assim, as células são cultivadas em placa de petri e são formados os tecidos, incluindo a derme e epiderme.

O objetivo original do desenvolvimento da pele, no entanto, que começou há 15 anos, foi para o estudo do melanoma, um tipo grave de câncer de pele.

De lá para cá, a professora Stuchi cita dois marcos importantes. O primeiro foi a parceria com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer Ludvig, estabelecido no Hospital do Câncer em São Paulo, com quem aprendeu muito o isolamento das células, a partir de 2005.

O segundo marco foi com uma primeira bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2007 e 2008, sua temporada como pesquisadora visitante na Universidade de Michigan, EUA. Lá adquiriu diversos tipos de tecidos de pele humana e pôde fazer testes com eles no Brasil, obtendo realmente o conhecimento sobre como fazer a estrutura da pele.

Em 2009, o projeto de pesquisa na USP obteve nova verba da Fapesp, por meio do qual, aprimoramentos no modelo de pele estão sendo realizados.

Fonte: Folha Online

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u631911.shtml