segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ONU recomenda mudança global para dieta sem carne e sem laticínios


Segundo relatório da ONU, um consumo reduzido de produtos de origem animal é necessário para salvar o mundo dos piores impactos das mudanças climáticas.ONU afirma que agricultura se equivale ao consumo de combustíveis fósseis porque ambos crescem rapidamente com o desenvolvimento econômico.
Foto: Daniel Beltra/Greenpeace

Uma mudança global para uma dieta vegana é vital para salvar o mundo da fome, da escassez de combustíveis e dos piores impactos das mudanças climáticas, afirmou hoje um relatório da ONU. Na medida em que a população mundial avança para o número previsível de 9,1 bilhões de pessoas em 2050 e o apetite por carne e laticínios ocidental é insustentável, diz o relatório do painel internacional de gerenciamento de recursos sustentáveis do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP).

Diz o relatório: “Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e do consumo de produtos de origem animal. Ao contrário do que ocorre com os combustíveis fósseis, é difícil procurar por alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial nos impactos somente seria possível com uma mudança substancial na alimentação, eliminando produtos de origem animal”.

O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos de origem animal causam mais danos do que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. A biomassa e plantações para alimentar animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fósseis”.

A recomendação segue o conselho de Lorde Nicholas Stern, ex-conselheiro do governo trabalhista inglês sobre a economia das mudanças climáticas. O Dr. Rajendra Pachauri, diretor do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), também fez um apelo para que as pessoas observem um dia sem carne por semana para reduzir emissões de carbono.

O painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o desenvolvimento econômico, eles disseram.

Ernst von Weizsaecker, um dos cientistas especializados em meio ambiente que coordenaram o painel, disse: “A crescente riqueza econômica está levando a um maior consumo de carne e laticínios – os rebanhos agora consomem boa parte das colheitas do mundo e, por inferência, uma grande quantidade de água doce, fertilizantes e pesticidas”.

Tanto a energia quanto a agricultura precisam ser "dissociadas" do crescimento econômico porque os impactos ambientaris aumentam, a grosso modo, 80% quando a renda dobra, afirma o relatório.

Achim Steiner, subsecretário geral da ONU e diretor executivo da UNEP, afirmou: “Separar o crescimento dos danos ambientais é o desafio número um de todos os governos de um mundo em que o número de pessoas cresce exponencialmente, aumentando a demanda consumista e persistindo o desafio de aliviar a miséria e a pobreza".

O painel, que fez uso de diversos estudos incluindo o Millennium Ecosystem Assessment (avaliação do ecosistema no milênio), cita os seguintes itens de pressão ambiental como prioridade para os governos do mundo: mudanças climáticas, mudanças de habitats, uso com desperdício de nitrogênio e fósforo em fertilizantes, exploração excessiva dos oceanos e rios por meio da pesca, exploração de florestas e outros recursos, espécies invasoras, fontes não seguras de água potável e falta de saneamento básico, exposição ao chumbo, poluição do ar urbano e contaminação por outros metais pesados.

A agricultura, particularmente a carne e os laticínios, é responsável pelo consumo de 70% de água fresca do planeta, 38% do uso da terra e 19% da emissão de gases de efeito estufa, diz o relatório, que foi liberado para coincidir com o dia Mundial do Meio Ambiente no sábado.

Ano passado, a Organização de Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) disse que a produção de alimentos teria de aumentar em 70% para suprir as demandas em 2050. O painel afirmou que os avanços na agricultura serão ultrapassados pelo crescimento populacional.
O professor Hertwich, que é também diretor de um programa de ecologia industrial na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, disse que os países em desenvolvimento, onde se dará grande parte do crescimento populacional, não devem seguir os padrões de consumo ocidentais: “Os países em desenvolvimento não devem seguir nossos modelos. Mas cabe a nós desenvolver tecnologias em, digamos, energia renovável e métodos de irrigação.”
Leia o relatório: http://www.unep.org/resourcepanel/documents/pdf/PriorityProductsAndMaterials_Report_Full.pdf

Texto escrito por Lucas Afonso


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Homenagem


Por você REALMENTE voluntário
que com tantos compromissos agendados, não ficou indiferente diante de um
animal atropelado, sarnento, esfomeado, abandonado
Por você voluntário, que teve seu descanso interrompido para socorrer um animal aos gritos
Por você que desceu ribanceira, correu na chuva, atolou na lama
Por você voluntário, que mesmo sem espaço, acolheu mais um animal abandonado
Que diante de um gemido de um cão, ou de um gato, não teve seus ouvidos tapados.

Por você que diante de um animal teve compaixão
Que curou feridas, vacinou, castrou, amou
Por você voluntário, que nunca escondeu a emoção
Que chorou, que sofreu ao lado de um cão
Que criou mais braços e pernas para alcançar soluções
É por você voluntário, que o mundo animal tem se tornado menos pior
É por você que inúmeros miaus e aus-aus se espreguiçam ao sol
Brincam na grama, abanam a cauda, atendem por um nome
E é através de você, voluntário, de sua ação, que muitos animais tiveram oportunidade de reabilitação
Que conseguiram um lar, um brilho de alegria no olhar
A todos os voluntários,
Rendo minha singela homenagem
Pelo seu amor, dedicação e coragem
Deus abençoe toda mão que trabalha pela Divina Criação
Parabéns a todos REALMENTE voluntários!

texto recebido via e-mail

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Que todos os dias sejam de todos os animais


Nesta data em que se comemora o Dia Mundial dos Animais, a nossa homenagem…

Aos animais que estão em cativeiro, privados de sua liberdade para deleite humano, em gaiolas, jaulas, zoológicos, aquários

Aos que aguardam o fim cruel de sua breve existência nas granjas e matadouros

Às inocentes cobaias de laboratório, que diariamente são torturadas em nome de uma ciência desumana e brutal

Aos animais que ainda resistem à invasão de seus habitats, às queimadas, à caça nas florestas

Aos animais comercializados como mercadorias, vítimas do tráfico ou com o aval da legalização, em nome de um dinheiro sujo

Aos animais que foram abandonados e vagam nas ruas, ou aguardam nos abrigos uma chance de voltarem a acreditar que o ser humano também pode ter bondade

Aos que, apesar de tutelados, são também negligenciados como os abandonados

Aos animais tristemente utilizados em espetáculos sádicos, circos, rodeios, farras, vaquejadas, rinhas, corridas, touradas

Aos que sobrevivem, nos mares, rios e lagos, à intensa caça, pesca, poluição e contaminação química

Aos explorados à exaustão puxando carroças e sobrecargas diariamente nas ruas

Aos animais polares, ameaçados pelo aquecimento global

Aos animais humanos que ajudam a manter viva a esperança de que ainda possa haver uma libertação para todos os animais

Que em todos os dias do ano os animais sejam respeitados em sua natureza e liberdade de viver.

Fonte: ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vote pelos animais!


Como você bem sabe, nossa causa não conta com o apoio e estrutura desejados. Porém, cabe a nós lutar para mudar esta realidade.
Quer saber quais candidatos, de seu estado, defendem os direitos dos animais? Pois a WSPA, uma sociedade 100% apartidária, fez a listagem. Confira no site!

http://www.votepelosanimais.org.br/
http://www.votepelosanimais.org.br/candidatos.htm

Confira também:
http://www.votovegano.org/

sábado, 28 de agosto de 2010

Música a serviço da Vida



Música : Quando a carne alimenta a carne

Autoria : Alexandre Sankor

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Venda de filhotes é proibida em pelo menos 35 cidades dos EUA


Pet shops de pelo menos 35 cidades dos EUA atenderam aos pedidos de grupos pelos animais e baniram a venda de filhotes, conscientizando possíveis compradores a respeito da adoção.

De acordo com matéria publicada no site da UPI, centenas de donos de comércios da nação já pararam de vender animais e algumas cidades estão proibindo, por lei, a venda de cães, gatos e outros bichos pequenos.

O apelo por “pet shops amigas dos animais” foi promovido pela Humane Society dos Estados Unidos, a maior organização americana de proteção animal.

“Essas lojas dão um exemplo positivo de responsabilidade que outras empresas deveriam seguir”, disse a diretora da campanha antifábrica de filhotes da HSUS Stephanie Shain. “Pet shops que se beneficiam da indústria cruel de filhotes precisam fazer a coisa certa e parar de vender animais. Abrigos do país todo estão lotados de animais que precisam de um lar.”

Esse mês, a Câmara da cidade de West Hollywood votou de forma unânime para banir a venda de gatinhos e cachorrinhos, enquanto a cidade de São Francisco está debatendoa questão em um nível muito mais abrangente.

Em West Hollywood, Califórnia, que em 2002 mudou a lei municipal para referir-se a cães e gatos como companheiros e não pets, as lojas terão autorização para vender animais de abrigos do sul do estado, mas não animais vindos de criadouros comerciais.

Já São Francisco propôs uma lei que tornaria ilegal a venda de qualquer animal.

“As pessoas compram animais pequenos no impulso, sem saber onde estão se metendo, e os animais acabam em abrigos, sendo frequentemente sacrificados”, disse a congressista Sally Stephens. “É isso que queremos abolir.”

Críticos dizem que a lei de São Francisco vai além do apelo para acabar com fábricas de filhotes e exploração animal. Alguns dizem que deveria existir um período para o possível consumidor pensar antes de adotar um animal, evitando o impulso do momento.

São poucas as lojas que ainda vendem animais e o hamster é a maior vítima das compras por impulso. Não existem grupos de resgate para hamsters e quase todos os roedores rejeitados acabam sacrificados.

“É definitivamente uma preocupação”, disse Rebeca Katz, diretora da San Francisco Animal Care and Control.

Não existem argumentos a favor de fábricas de filhotes, que criam milhões de animais por ano em condições chocantes e cruéis, sendo que muitos desenvolvem problemas psicológicos sérios ou danos permanentes à saúde. Animais de criadouros são abusados e abandonados quando ficam velhos ou “menos ativos”, e os filhotes crescem em pequenas gaiolas ou canis sem oportunidade de socialização ou contato com humanos.

A Humane Society diz que de três a nove mil pet shops vendem filhotes, principalmente por meio de websites atraentes.

“As pessoas vêm um filhotinho fofo numa gaiolinha, mas não veem onde ele foi criado e as condições degradantes em que seus pais vivem”, disse Kim O’Brien, sócio da Uppity Puppy de Oakland, Michigan.

Fonte: Anda

"Adote um animal "de rua" e
não incentive a criação em
escala industrial dos canis
e gatis. Para cada animal
comprado, um outro morre em
um centro de zoonoses.
Seja humilde e mostre que
você se importa. Afinal,
amigo não se
compra, se adota!!"




sábado, 31 de julho de 2010

VITÓRIA! TOURADAS PROIBIDAS NA CATALUNHA !


O parlamento da CATALUNHA proibiu em 28/07/2010 as corridas de touros naquela região autônoma no nordeste da Espanha a partir de 1º de Janeiro de 2012.

Com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções, o parlamento catalão aprovou a iniciativa legislativa popular, proposta por 180 000 cidadãos, que pediam a proibição das touradas, considerada uma das marcas culturais de Espanha.

A TOURADA é um espetáculo tradicional em Portugal, Espanha e França, bem como de alguns países da América Latina: México, Colômbia, Peru, Venezuela e Guatemala. O essencial do espetáculo consiste na lide de touros bravos através de técnicas conhecidas como arte tauromáquica.

A maior praça de touros do mundo é a "Plaza de Toros México" localizada na cidade do México e a maior praça europeia é a "Plaza de Toros de las Ventas", em Madri. Numa tourada, todos os touros têm pelo menos quatro anos de idade. Quando os touros lidados ainda não fizeram os 4 anos diz-se que é uma novilhada.

Grupos de defesa dos direitos animais abominam a prática da tourada, pois consideram-na um ato de crueldade sem justificação que não se insere dentro das tradições humanistas. Trata-se de uma prática bárbara e desprovida de respeito à vida; uma verdadeira aberração!
É realmente inacreditável e inaceitável que em pleno século XXI um "espetáculo" degradante de tortura continue a ser chamado de cultura ou tradição!

Finalmente a Catalunha provando estar a frente de tudo na Espanha, aprovou essa lei humanista tão importante, que esperamos sirva de exemplo e estímulo para os outros países que continuam com essa prática vergonhosa e terrível que causa tanto sofrimento aos pobres animais indefesos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tratados como “animais”?


Humanos são libertados de um campo de trabalho forçado, uma colheita de erva-mate no oeste catarinense, numa ação do ministério do trabalho. Os cortadores de erva-mate haviam sido alojados num chiqueiro, onde não havia instalação alguma que pudesse oferecer a eles conforto e bem-estar após um dia de trabalho. Eles não tinham carteira de trabalho, eram escravizados. Não tinham qualquer autonomia ou proteção para fazer com que as leis que regem os atos de prestação e contratação de serviços ou de trabalho fossem respeitadas.

A imprensa noticiou, com fotos, as condições do “alojamento” no qual se instalavam para cozinhar e dormir, nos seguintes termos: “tratados como animais”. Para um leitor desavisado, a tradução do que foi feito a esses trabalhadores parece justa: “tratados como animais”. O que isso significa? Que o tratamento de ser jogado, à noite e no horário de cozinhar a comida, num chiqueiro, rebaixa os humanos, porque somente com animais é que se pode fazer isso? Se alguém concluir pelo sim, está raciocinando sobre falsas premissas.

Primeiro, é preciso que se diga que os lugares nos quais os animais são confinados pela indústria da carne, laticínios e ovos não são dignos dos “animais”. Explico. Os animais são um tipo de ser que, ao nascerem, têm o suprimento cortado. Nascer, portanto, representa, para todas as espécies animais, uma ruptura dolorosa. Ela tem dois tons: por um lado, a dor de não ser mais nutrido e higienizado naturalmente pelo ambiente placentário. Por outro lado, a libertação que o rompimento do fornecimento de nutrientes representa, que constitui a base sobre a qual cada animal começa a formar seu espírito. Esse espírito ou mente responde agora, após o nascimento, pelo aprendizado do autoprovimento e da higiene específica, sem a qual não há saúde nem longevidade.

Enjaular, acorrentar, cercar um animal, não importa a espécie à qual ele pertença, representa, para ele, o pior tormento. Sem a liberdade de buscar com seu corpo e no seu próprio ritmo os meios dos quais seu organismo depende para manter-se saudável, o animal fica privado da autonomia prática, justamente aquela que lhe dá chance de formar a mente que acompanhará a manutenção de seu corpo até o momento da morte. Mas, para poder prover-se livremente, é preciso que o animal possa viver no ambiente propício à sua espécie.

Para poder ter saúde e alegria de viver, o animal precisa ter os meios para prover a limpeza diária do seu corpo. O corpo é a ponte que liga o ser vivo ao ambiente, recebendo deste a matéria alimentar da qual se nutre, e o religa a esse mesmo ambiente, quando excreta os resíduos após o aproveitamento. Se o que entra deve ser livre de contaminação, para que não se perca a saúde, o lugar onde se deposita a matéria excretada não pode ser o mesmo no qual se introduz a matéria alimentar. Se não houvesse distinção necessária, nosso tubo digestivo teria apenas uma das duas aberturas. Temos duas aberturas, e um espaço razoável separando-as, justamente para que não nos confundamos. Isso não é privilégio do corpo de um humano. Somos todos animais.

A produção de animais em escala industrial se faz levantando-se paredes ou instalando-se cercados, baias, currais, chiqueiros, gaiolas, nos quais centenas, milhares de animais são colocados juntos, porque mantê-los dispersos encareceria o preço do produto final ao qual sua vida foi destinada. Ao se proceder desse modo, tira-se do animal o ambiente natural no qual seu corpo e sua mente poderiam desenvolver-se e viver bem, cada espécie a seu próprio modo.

Uma das formas mais primárias de manter-se saudável é a higiene. Cada animal, seguindo os padrões de sua própria espécie, mantém uma atividade de auto-higienização diária, sem a qual seu corpo seria tomado por todo tipo de parasita ou bactéria. Ser animal significa ter a responsabilidade de limpar-se a todo momento. Cada espécie tem suas próprias estratégias de autoprestação desse serviço. Se tiramos de um animal a liberdade de prover a higiene de seu corpo a seu modo, tiramos dele parte da autonomia prática relativa aos cuidados de si. Quando privamos um animal disso, “deixamos de tratá-lo como a um animal”. Era esse o ponto ao qual eu queria chegar.

Ao indignar-se com os maus-tratos sofridos pelos trabalhadores da empresa de produção de erva-mate, e ao traduzir a injustiça praticada contra eles, definindo-a como tratamento que se dispensa a animais, a imprensa erra, ao passar ao leitor a ideia de que animais, seja lá de quais espécies forem, podem ser alojados em chiqueiros, sem que isso cause indignação, como se fosse confortável para os animais serem forçados a viver no mesmo lugar onde defecam, a comer no mesmo ambiente onde defecam, a dormir no mesmo ambiente onde defecam, a descansar no mesmo ambiente onde defecam. O chiqueiro é a forma mais brutal de violência contra a mente dos porcos, porque eles, naturalmente, não comem no mesmo lugar onde defecam.

Tratar qualquer animal, não humano ou humano, como se “fosse um animal”, tirando dele tudo o que é necessário para que sua vida alcance o nível de bem-estar e do estar bem nela que sua espécie possibilita, é algo indigno do animal. Quem o faz tira de si a dignidade de ser aquele animal que entende o valor da liberdade física para prover-se a si e aos seus de modo limpo, salutar e prazeroso. Somos todos animais. E ninguém merece ser tratado de modo a que essa condição, a de termos um corpo do qual temos que cuidar com alegria e gratidão, pois é ele que permite que nos sintamos gratos por estarmos vivos, seja justamente a fonte de toda dor e sofrimento. Nem os porcos, galinhas, vacas, bezerros, nem os trabalhadores braçais merecem ser tratados como se seu corpo nada representasse para eles.

Os escravizados pela ervateira não foram tratados como animais. Animais precisam de liberdade para prover-se e cuidar de si. Eles sequer foram tratados como máquinas cortadeiras de erva-mate, porque estas, com certeza, ao final da jornada são higienizadas e mantidas, alojadas contra intempéries, têm o óleo trocado, as engrenagens lubrificadas. Eles foram tratados como coisas desprezíveis, descartáveis quando findasse a colheita da erva-mate. Nem os humanos, nem animais de qualquer outra espécie merecem ser considerados apenas em sua materialidade, como se fossem meros vivos-vazios, para uso e descarte alheio.

por Sônia T. Felipe

terça-feira, 15 de junho de 2010

TRANQUILIZANDO OS ANIMAIS DURANTE A COPA


CUIDADOS COM FOGOS DE ARTIFÍCIO

Propomo-nos a conscientizar o maior número possível de pessoas sobre os danos que causamos aos animais ao usar pirotecnia, para que durante a Copa do Mundo eles não sofram. Nas festas de fim de ano vimos as consequências da infeliz pirotecnia: cachorros perdidos, atropelados, aturdidos e agonizando longe de seus guardiães - que nunca mais encontrarão.

Quando você pratica a pirotecnia, cachorros, gatos, cavalos sentem: palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle, medo de morrer.

Essas alterações provocam na conduta do animal tentativas descontroladas de escapar, incentivada pelo estado de pânico, podendo durar vários minutos e em casos severos podem variar de 1 a várias horas, dependendo do tempo que dure o estímulo (barulho provocado por fogos durante a Copa do Mundo).

Os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães. Natal, Ano Novo, Copa do Mundo, finais de campeonatos de futebol são ocasiões em que os animais mais se perdem de seus donos.

Todos os animais se assustam facilmente nas épocas festivas com o barulhos dos fotos e rojões. O pânico desorienta o animal, que tende a correr desorientado e sem destino.

Procure evitar tudo isso garantindo condições mínimas de segurança, evitando ambientes conturbados e barulhentos (desde antes do espocar dos fogos), passe-lhe paz e tranqüilidade, e a sensação de que tudo está bem e sob controle.

Tudo isso pode ser evitado com prudência, atenção e um pouco de boa vontade.


OS PERIGOS DOS FOGOS

Fugas - tornando-se animais perdidos, atropelados e que vão provocar acidentes;

Mortes - enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir; atirando-se de janelas; atravessando portas de vidro; batendo a cabeça contra paredes ou grades;

Graves ferimentos - quando atingido ou sem saber abocanhando um rojão achando que é algum objeto para brincar;

Traumas - com mudanças de temperamento para agressividade;

Ataques - investidas contra os próprios donos e outras pessoas;

Brigas - com outros animais com os quais convivem, inclusive;

Mutilações - no desespero de fugir chegam a se mutilar ao tentar atravessar grades e portões;

Convulsões (ataques epileptiformes);

Morte e alteração do ciclo reprodutor dos animais da fauna silvestre;

Afogamento em piscinas;

Quedas de andares e alturas superiores;

Aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil acesso;

Paradas cardiorespiratórias etc.


RECOMENDAÇÕES PARA COM OS ANIMAIS

Acomodar os animais dentro de casa, em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música;

Fechar portas e janelas para evitar fugas e suicídios;

Dar alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (torção de estômago, por exemplo);

Cobrir gaiolas de pássaros e checar cercados de animais (cabras, galinhas etc.);

Cobertores pesados estendidos nas janela abafam o som, assim como cobertores no chão ou um edredom sobre o animal;

Não deixar muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam até a morte. Tente deixá-los em quartos separados pois, na hora dos fogos, eles poderão morder-se uns aos outros, no desespero;

Durante os jogos leve seu animal para perto da tv ou de um aparelho de som e aumente aos poucos o volume de tal forma que ele se distraia e se acostume com um som alto. Assim não ficará tão assustado com o barulho intenso e inesperado dos fogos;

Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos;

IDENTIFIQUE OS ANIMAIS SOB SUA GUARDA

Vamos estimular o uso constante e obrigatório de qualquer tipo de IDENTIFICAÇÃO ANIMAL:

O responsável pelo animal deve fazer uma plaqueta, colocar um pedaço de esparadrapo, escrever na coleira bem forte, o nome do animal e telefone para contato em caso de fuga inesperada!

Isso facilitará a localização do animal!

A quantidade de anúncios de animais desaparecidos é enorme e cada vez maior, todos sem identificação!

A Copa do Mundo está aí e os fogos de artifício, rojões, etc, assustarão muitos animais!

A fuga pode acontecer por muitos motivos: um descuido no portão, trovões, fêmeas no cio (quando o animal não está castrado!), maus-tratos, etc.

Daí a importância de todos os animais de estimação, usarem mesmo em casa, sempre, identificação fixada na coleira!!

FLORAIS DE BACH

Os florais de Bach funcionam muito bem tanto para cães quanto para gatos.Só que precisam ser manipulados sem nenhum conservante, e você deve guardar o vidro na geladeira.

Para minimizar este sofrimento, indicamos abaixo a receita de florais da terapeuta Martha Follain:

Florais de Bach

ATENÇÃO: Quando for mandar manipular a fórmula Floral, lembre de avisar que a mesma não poderá conter CONSERVANTES, portanto, O ÁLCOOL, A GLICERINA E O VINAGRE DE MAÇÃ estarão FORA! Nesta fórmula, somente poderá entrar ÁGUA MINERAL, e, embora, nas farmácias de manipulação costumem dizer que esta fórmula só dura dois dias, NA GELADEIRA, ela durará QUINZE DIAS, com certeza! Mande fazer, em qualquer farmácia de manipulação (aquela que avia receitas):

RESCUE + CHERRY PLUM + ROCK ROSE + MIMULUS + VERVAIN + SWEET CHESTNUT

DOSAGEM

* Para aves pequenas: 2 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
* Para aves médias: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
* Para cães de pequeno e médio porte e gatos: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha;
* Para cães de grande porte e gigantes: 6 gotas, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha de seu amigão;
* Para cavalos ou animais de grande porte: 10 gotas, 4 vezes ao dia, para cada litro.

Para se ter absoluto sucesso no tratamento, é interessante que se tenha continuidade no mesmo, não esquecendo de ministrar as gotinhas regularmente. Aconselha-se a começar o tratamento, pelo menos, 5 dias antes do natal e estendê-lo até o dia 3 de janeiro, já que algumas pessoas insistem em prolongar a barulheira!


Vejam mais algumas dicas de florais de Bach nestes sites:

http://www.floraisecia.com.br/detalhe_artigo.php?id_artigo=87

http://www.gatoverde.com.br/gatoverde/02_00.asp?menu_cod=146&menu_cod_pai=57

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mudando a percepção sobre os animais


"Eu não sei porque você se perturba tanto – eles são apenas animais, afinal de contas.”

Quantas vezes vocês já ouviram isso ? Embutida na frase está a crença que devemos desmascarar e confrontar: a ideia de que animais são “apenas animais” – isto é, que eles são meras coisas, mercadorias, recursos para o nosso uso. O que devemos lutar é contra a percepção de que os animais não são nada além de coisas feitas para os humanos. Se hoje usamos animais de fazenda como apenas meios para os objetivos humanos é porque nossos ancestrais pensavam que isso seria verdade.

Mudar percepções é um processo difícil, árduo e arriscado.Antigamente, eu pensava que era fácil. Hoje eu reconheço que é uma das tarefas mais exigentes do mundo inteiro. As pessoas raramente querem repensar suas ideias, confrontar seus próprios preconceitos, desafiar os hábitos da mente e do corpo a que foram acostumados.

“Poucas pessoas pensam”, escreveu Bertrand Russell, “a maioria das pessoas preferiria morrer do que pensar, e a maioria delas na verdade fazem exatamente isso.” E ainda sem uma mudança de percepção – e uma mudança fundamental – não haverá futuro para o movimento de defesa dos animais.Campanhas, estratégias, petições, protestos – toda a parafernália do ativismo é essencial, é claro, mas por si própria dificilmente poderá causar a necessária mudança de percepção.

Se alguém examina os movimentos reformistas similares, pela abolição da escravatura ou a emancipação feminina, por exemplo, poderá ver em retrospecto o quão essencial – e simples – foram as visões fundamentais que motivaram esses movimentos: o igual valor e dignidade de todas os seres humanos, negros ou brancos, homens e mulheres. O movimento dos animais tem a ver com a percepção do valor intríseco dado por Deus à cada um dos seres sensíveis. À primeira vista, isso parece uma coisa simples, até elementar, mas eu pude ver que a maioria não tem essa mesma percepção – ou se têm, não querem demonstrá-la.

Da forma como eu vejo, a nossa tarefa é encorajar, convidar e às vezes exortar as pessoas a olhar para os animais como mais do que se pensa que um “animal” é. Cada criatura é um ser sensível, vivente, que vale por si próprio e não pelo que pode nos dar em troca ou pelo uso que possamos dar a esse ser.

Esse trabalho, eu acredito, é uma tarefa principalmente espiritual. Para mim, os direitos dos animais têm a ver com uma percepção e luta espirituais.E por “espiritual” eu não quero dizer religião organizada, eu quero dizer uma consciência ampliada do valor da criação divinamente concedido e a abominação da crueldade como algo mau em si.

Em minha visão, o valor dos animais é algo a ser descoberto – uma descoberta de novos aspectos da psique humana.

Por quase 25 anos, eu tenho trabalhado com igrejas cristãs para tentar animá-las a serem o canal para essa nova sensibilidade. Infelizmente, as igrejas, que deveriam ser líderes no movimento de proteção aos animais, ainda não se envolveram. Mas mesmo que as igrejas sejam lentas para responderem às novas idéias, a teologia cristã pode dar um forte fundamento racional para as idéias que as próprias igrejas têm negligenciado.

De uma perspectiva teológica, os animais não são nossa propriedade; nós não os possuímos. Não temos direitos absolutos nesse planeta: somente o dever de cuidar. Afinal de contas, o quê esses animais são senão criaturas de Deus ? Se isso não puder dar uma base para o respeito necessário e urgente de suas vidas individuais, eu não sei o que mais poderá dar essa base.



Andrew Linzey, é pastor anglicano. É um teólogo internacionalmente conhecido por seus textos sobre cristianismo e os animais. Ele ensina na Faculdade de teologia da Universidade de Oxford e é titular da primeira cadeira de ética, teologia e bem estar animal de Blackfriars Hall (Universidade de Oxford). Ele dirige o Centre for Animal Ethics de Oxford. Há pouco tempo começou a ensinar ética animal na Graduate Theological Foundation (em Indiana). Andrew Linzey escreveu mais de 180 artigos; ele é co-autor de cerca de vinte livros, dentre os quais figuram:
Animal Rights: A Christian Perspective (1976)
Animal Theology (1994)
Animal Gospel (1998)
Animal Rites: Liturgies of Animal Care (1999)
Gays and the Future of Anglicanism (2005)
Creatures of the Same God (2007)
Oxford Centre for Animal Ethics
O Oxford Centre for Animal Ethics, inaugurado em novembro de 2006 foi criado a partir da iniciativa de seu diretor, Andrew Linzey. O projeto é apoiado por uma centena de intelectuais e universitários, dentre os quais está o prêmio Nobel J.M. Coetzee. O centro é uma instituição independente de ensino, pesquisa e publicação sobre a ética animal e tem como objetivo criar um pólo intelectual que trabalhe para a melhoria do estatuto moral dos animais.

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães

domingo, 25 de abril de 2010

Dia Internacional de Combate à Vivissecção


Hoje, 25/04 é o Dia Internacional de Combate à Vivissecção.
Leiam abaixo este excelente artigo da bióloga Sônia Felipe, um dos mais reconhecidos nomes dos direitos animais no Brasil.



"80% dos artigos publicados em revista especializada são citados no máximo uma vez em outros veículos, e 50% dos artigos vivisseccionistas jamais são citados, seja na mesma, seja em outras revistas."


Cientistas e pesquisadores que investigam as doenças que afligem humanos são treinados em centros de pesquisa na prática criminosa da vivissecção, proibida pela Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, quando há métodos substitutivos. Em muitos casos, a vivissecção é o único método no qual a inteligência científica recebe treinamento.

Nos últimos quarenta anos, a pesquisa biomédica centrou esforços em experimentos com “modelos” obtidos às custas do sofrimento e morte de animais não-humanos, usados para espelhar as doenças produzidas num ambiente físico e mental humano. Entre essas estão o câncer, os acidentes vasculares, a hipertensão, a hipercolesterolemia, o diabetes, a esclerose múltipla, as degenerações neurológicas conhecidas por mal de Parkinson e mal de Alzheimer, a “depressão” e outras formas de sofrimento psíquico. Ratos, camundongos, cães, símios, cavalos, porcos e aves são comercializados no mercado vivisseccionista.

Só para dar um exemplo: Calcula-se que sejam 2, 6 milhões de humanos sofrendo de esclerose múltipla ao redor do planeta. Os medicamentos obtidos a partir da vivissecção de roedores fracassaram. Cientistas reconheceram que a causa da doença é “ambiental”, contribuindo para ela diferentes genes, não apenas um. Os medicamentos disponíveis hoje, de origem microbiana, não resultaram da vivissecção, e sim da codificação da estrutura físico-química deles (Greek & Greek, Specious Science).

Não sendo aquelas doenças de origem genética nem hereditária, qual seria o propósito científico em se insistir na arquitetura do modelo animal para buscar a cura delas?

Talvez se possa saber a resposta, olhando para os interesses financeiros (reais “benefícios humanos”?), em jogo na base, em volta e por detrás da atividade vivisseccionista acadêmica e dos negócios que ela encobre. Consultando-se a tabela de preços das empresas que fornecem camundongos geneticamente modificados para pesquisas vivisseccionistas, por exemplo, começamos a ter uma idéia do que se esconde por detrás do argumento do “benefício humano”, que os vivisseccionistas defensores da legalização desta prática anti-ética usam como escudo para protegerem-se das críticas abolicionistas.

A pesquisa com animais vivos “beneficia interesses humanos”: o preço de um camundongo geneticamente modificado, para citar apenas uma espécie usada na vivissecção, pode variar de U$ 100,00 a U$ 15.000,00 dólares a unidade. Os utensílios para o devido manejo de um animal desses não são oferecidos por preços camaradas.

Um aparelho para matar, de forma “humanitária”, animais usados na pesquisa, desativando-lhes as enzimas cerebrais, custa algo em torno de U$ 70.000,00 a unidade. Aparelhos para conter ratos, cães, gatos e macacos, podem custar entre U$ 4.500,00 a U$ 8.500,00 a unidade. Os “produtores” de animais também são parte desta cadeia que forma a “dependência da ciência em relação à vivisseccção”, sem a qual ela não pode sobreviver hoje, e à qual a vida e a saúde humana estão algemadas.

Em 1999, relatam Greek & Greek, a venda de camundongos nos Estados Unidos alcançou 200 milhões de dólares. A de outros animais chegou a 140 milhões de dólares. Mas, os “benefícios humanos” aos quais os vivisseccionistas se referem em sua defesa pública da regulamentação da vivissecção no Brasil, não se restringem apenas ao que os empresários produtores de animais e fabricantes de aparelhos para contê-los nos biotérios e laboratórios faturam. Também os editores das revistas, jornais e livros são parte desta comunidade humana “beneficiada” pela vivissecção.

E, finalmente, o benefício humano mais espetacular está no faturamento da indústria química e farmacêutica, uma cadeia de negócios ao qual estão atreladas todas as farmácias ao redor do planeta e todas as pessoas que compram medicamentos alopáticos na esperança de cura ou alívio de seus males, e alimentos processados, cujos componentes levaram os animais a sofrerem o Draize Test e o LD 50.

Mas, quando os vivisseccionistas publicam artigos defendendo a legalização de sua prática anti-ética, a de matar animais para inventar modelos que possam espelhar doenças humanas, mesmo sabendo que cada organismo tem sua própria realidade ambiental e não existe um meio que possa curar uma mesma doença em todos os indivíduos, pois cada um a desenvolve de modo peculiar, os “benefícios contábeis” e os “benefícios acadêmicos” acumulados em todos os elos dessa cadeia vivisseccionista são escondidos do leitor.

Ninguém publica, no Brasil, um relato minucioso do montante destinado pelas agências financiadoras à pesquisa vivisseccionista. Por isso, não temos conhecimento dos custos do fracasso vivisseccionista (AIDS, câncer, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, diabetes, colesterolemia, doenças ambientais, muito mais do que genéticas).

A pesquisa com animais levou a indústria farmacêutica ao apogeu nos últimos vinte anos. Não casualmente, nestes últimos vinte anos, multiplicaram-se as mortes por insuficiência circulatória, hipertensão, diabetes, câncer, síndromes neurológicas degenerativas, cirrose hepática e infecções. O componente ambiental dos males humanos não pode ser espelhado em organismo de ratos e camundongos.

Ao mesmo tempo, vivisseccionistas insistem em defender a lei que legalizará sua prática, dando a entender ao público leigo que a vivissecção é a “saída” para a cura dos males humanos. Seus artigos “científicos” não produzem efeito, nem sobre seus pares vivisseccionistas. Como poderiam produzir efeitos sobre a saúde humana? 80% dos artigos publicados em revista especializada são citados no máximo uma vez em outros veículos, e 50% dos artigos vivisseccionistas jamais são citados, seja na mesma, seja em outras revistas (Greek &Greek).

Os milhões de animais mortos para que tais artigos sejam publicados e para que seus autores os contabilizem em sua produtividade acadêmica, tiveram suas vidas destruídas para nenhum outro “benefício humano”, a não ser dar a seus autores o título de mestre e doutor, ou a concessão de bolsas de produtividade.

São esses os reais “benefícios humanos” da prática vivisseccionista, dos quais ninguém pode abrir mão?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fique de olho nos cosméticos do bem!


A exigência dos consumidores por cosméticos não testados em animais é tendência mundial. Juliana Ferreira, responsável pelo blog “Cruelty-Free Make-Up” - http://crueltyfreemakeup.wordpress.com/ - divulga em sua página apenas maquiagens do bem. “Há alguns anos era raríssimo encontrá-los no Brasil”, diz ela sobre os produtos chamados “cruelty free” – em tradução livre, “sem crueldade”.

Algumas empresas brasileiras acompanham a demanda por produtos do bem. A Impala, por exemplo, se orgulha de jamais ter realizado testes em animais. “Essa atitude demonstra a consciência e respeito com a natureza muito antes dessa onda de biopreservação”, diz Victor Augusto, coordenador de produtos.

Roseli Vaz, diretora da Sparkkli Home SPA, defende a causa: “Um animal não tem como dizer se está sentindo dor ou algum outro incomodo, e hoje existem muito avanços nas pesquisas e outros meios para testar os produtos.”

Apesar disso algumas empresas ainda praticam testes em animais. Para Thales Tréz, biólogo e co-autor do livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal”, isso acontece por que, além da tradição e comodismo, as empresas ainda não sentiram no bolso a pressão de um consumo responsável. Em contrapartida, a defesa dessas empresas é que os testes servem para diminuir os riscos de reações adversas antes que os produtos cheguem às prateleiras. Neste caso, Thales é enfático em salientar que a justificativa é obsoleta. “A Associação Européia de Cosméticos (COLIPA), juntamente com a União Européia, lançou um edital conjunto, no valor de 50 milhões de euros, para o desenvolvimento de métodos alternativos à experimentação animal, como por exemplo, a cultura de pele humana”, alerta.

Thales alerta para a crueldade que envolve os animais. “No teste de irritação ocular, por exemplo, substâncias concentradas do produto que se quer testar – como um xampu – são pingadas nos olhos dos coelhos para estimar a irritação. Isso costuma provocar ulcerações bastante sérias nos olhos dos animais”, explica.

Fique de olho!
Em alguns países é possível verificar se um cosmético é testado ou não em animais observando um selo “cruelty free” no rótulo, concedido pelo PETA – Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais. Já no Brasil, poucas marcas carimbam a marca em suas embalagens. “O melhor é se informar antes, mandando emails, checando o site da empresa ou blogs”, indica Juliana.

O Instituto Nina Rosa, organização independente que promove conhecimento sobre defesa animal e vegetarianismo, indica em seu site algumas perguntas que você mesmo pode fazer para saber se as empresas testam ou não seus produtos em animais.

Outras empresas que não fazem teste em animais: Surya, Florestas, Ecology, Mundo Est, Welleda, Éh, Avon, Natura, O Boticário, Adcos, Bio Extratus, Contém 1g, Embelleze, Farmaervas, Granado, Nazca, OX e Racco. Pesquise mais marcas “cruelty free” no site do PEA. - http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm