segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Votos para 2010






sábado, 7 de novembro de 2009

O VEGANISMO E A EVOLUÇÃO DA ÉTICA


Donald Watson, o fundador da Vegan Society


O veganismo inclui uma atitude ética em relação a todos os seres sencientes e ao planeta no qual vivemos. Sem dúvida, essa forma de pensar e viver representa uma ruptura com a visão antropocêntrica que tanto religião quanto sistemas políticos seculares têm fomentado ao longo da história. Porém, um número cada vez maior de pessoas está enxergando que nós não podemos continuar “fazendo tudo o que queremos”, como um gigante destruindo um planeta cada vez menor. Embora possa parecer difícil evitar produtos de origem animal, o fato é que a maioria da comida é derivada de plantas. Com um pouco de imaginação e dedicação, o veganismo se torna parte integral do nosso modo de viver em muito pouco tempo.

O termo original vegan (que foi aportuguesado para vegano e vegana) foi criado por Donald Watson em 1944 quando ele fundou na Inglaterra a Vegan Society, ainda hoje a principal referência do veganismo. Donald foi um pioneiro no sentido puro da palavra e levou uma vida saudável até sua morte em 2005 aos 95 anos de idade. Segundo informação no website da Vegan Society, desde 1909 havia um debate sobre a ética de se consumir produtos derivados do leite dentro do movimento vegetariano, do qual Donald fazia parte. Isso o levou, junto com Elsie Shrigley, a concluir que seria desejável coordenar vegetarianos que não consumiam laticínios, apesar da oposição que lhes foi posta pelo próprio movimento vegetariano.

O primeiro encontro aconteceu em Londres numa tarde ensolarada de novembro. Naquele dia, seis vegetarianos ‘sem laticínio’ que compartilhavam uma forma de pensar decidiram formar uma nova sociedade. O novo termo surgiu da primeira e última sílaba da palavra VEGetariAN. Em 1962 foi fundada a Vegan Magazine (Revista Vegana), e desde então a Vegan Society vem ajudando milhares e milhares de pessoas a abandonar produtos animais e adotar uma postura mais compassiva em relação aos não humanos, o meio ambiente e sua própria saúde.

Apesar de os veganos (ainda) serem minoria no mundo atual, o veganismo é um termo reconhecido em toda parte e o mercado de produtos veganos cresce cada vez mais.

Como a Vegan Society diz, um dia o uso de produtos animais (carne, laticínios, ovos, couro, lã, seda, peles etc.) e o uso de animais em experimentos, entretenimento, trabalhos forçados etc. serão vistos como uma mancha vergonhosa no passado da humanidade, da mesma forma que hoje nos horrorizamos quando pensamos na escravidão humana e nas caças às bruxas.

O veganismo é parte de uma evolução ética e embora ainda existam obstáculos colossais que devem ser superados até que ele se torne a norma, um dia – e quem sabe antes do que esperamos – isso acontecerá. Todos podemos ajudar a fazer isso acontecer. Basta tomar uma decisão simples mas cujo impacto é muito maior e muito mais positivo do que talvez consigamos enxergar a olho nu.

Fonte:www.anda.jor.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O QUE É VEGANISMO?


Veganismo é uma filosofia e um estilo de vida baseados no respeito aos outros animais. Veganos entendem que criaturas sencientes tem seus próprios interesses, entre os quais o principal e mais óbvio deles: continuarem vivos.

Por esse motivo, os veganos buscam abolir o consumo de
quaisquer produtos de origem animal, sejam eles alimentares ou não. Veganos são, por definição, vegetarianos, ou seja, não consomem nenhum tipo de produto de origem animal em sua alimentação (carnes bovina, suína, de aves, de peixes, de invertebrados, ovos, leite e derivados, mel, gelatina, etc.).

Veganos também buscam não utilizar produtos que tenham sido testados em animais ou produzidos utilizando-se ingredientes ou processos produtivos que envolvam animais, o que se estende ao vestuário (restrição ao uso de couro, peles, lã, seda, etc.), ao entretenimento (restrição aos circos com animais, rodeios, zoológicos, rinhas, farras-do-boi, vaquejadas, etc.) e ao uso de
animais em rituais religiosos.

Os fundamentos do veganismo são basicamente éticos: o reconhecimento de que
animais possuem o direito à vida e ao bem-estar, e que não temos o direito de explorá-los de forma alguma. Veganos também se preocupam com o meio ambiente e divulgam ativamente as consequências da pecuária para o processo de devastação de florestas, a poluição do solo, das águas, o efeito estufa e outros impactos que atingem animais humanos e não-humanos.

Veganos também estão, frequentemente, envolvidos com a causa
animal, pois acreditam que apenas se abster de lhes causar mal não é suficiente, que se faz necessário lutar por seus direitos.

O dia 1º de Novembro é marcado pelo Dia Mundial Vegano ("World Vegan Day", em inglês), que é comemorado desde 1994, quando a Vegan Society da Inglaterra comemorou 50 anos de criação.

"O veganismo é aquilo que cada um de nós pode fazer já. O veganismo não é uma mera questão de dieta; é um compromisso moral e político com a abolição da exploração animal no nível individual.” (Gary Francione)

sábado, 31 de outubro de 2009

1º de NOVEMBRO: DIA MUNDIAL VEGANO

VEGANISMO:
UMA FILOSOFIA DE VIDA GUIADA PELA ÉTICA E PELO RESPEITO À VIDA!




NÃO QUEREMOS JAULAS MAIORES! QUEREMOS JAULAS VAZIAS!
GO VEGAN!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Defenda os animais domésticos dizendo NÃO ao projeto de lei!


Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal. Porém, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.

A intenção do Projeto de Lei é alterar o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão “domésticos e domesticados” e, assim, descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.

Essa alteração significaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, ao tornar ainda mais branda a legislação animal vigente, favorecendo a impunidade.

Os inúmeros casos de maus-tratos que se repetem diariamente no país deixariam de ser crime. O combate às condenáveis rinhas de cães e galos, por exemplo, seria dificultado ao extremo.

Você faria algo bem simples para ajudar os animais domésticos no Brasil?

O momento é delicado, sendo de fundamental importância que todos aqueles que se importam com os animais se manifestem. Lembre-se que a opinião popular é essencial para a aprovação ou rejeição de leis.

A WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que NÃO APROVEM o Projeto de Lei 4.548/98, que modifica o art.32.

É MUITO importante que todos leiam e assinem!
Por favor, vamos ajudar a acabar com esse absurdo!
Assinem e divulguem, é apenas um minuto.

O link é:
http://e-activist.com/ea-campaign/clientcampaign.do?ea.client.id=101&ea.campaign.id=4207&

domingo, 4 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS - 4 DE OUTUBRO

"A verdadeira bondade humana só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. É aí que se produz o maior desvio humano, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras." (Milan Kundera)


sábado, 3 de outubro de 2009

Os animais e seus humanos


Qual a diferença entre seu hambúrguer e seu cachorro? Aliviar a dor de uma cobaia que em breve terá ácido jogado em seus olhos, torna o procedimento justificável? Os especialistas ouvidos pela edição de hoje do Caderno G Ideias discutem o que faz com que os animais tenham direitos, os limites da intervenção humana e os efeitos que colhemos com nossa relação pouco saudável com os animais. São estudiosos que dedicam sua vida a criar novas fronteiras na filosofia e na ética, tirando do homem o centro gerador dos valores e focando na vida, entendendo o ser humano apenas como mais um animal neste imenso bioma chamado Terra.

De uma cultura que se restringia a pequenos rebanhos de ovelhas cuidadas por pastores nômades, há cerca de 10 mil anos, evoluímos para fazendas-indústria, onde animais crescem confinados, em tempo recorde, alimentados com hormônios e sem se movimentar.

Um olhar sobre as crueldades denunciadas nos abatedouros, circos, laboratórios e na indústria de peles, revela que algo pa­­re­­ce ter dado errado na relação dos ho­­mens com os animais.


Uma concepção biocentrista de um (nem tão) novo movimento propõe repensar os caminhos que nos levaram a entender a vida de animais como produtos passíveis de compra e descarte

A partir da década de 1970, uma corrente filosófica começou a se desenvolver para pensar uma nova ética para a questão, principalmente após o lançamento do livro Libertação Animal (Ed. Lu­­gano), de Peter Singer, em 1975, que estabeleceu conceitos para o movimento homônimo.

Esta luta se expandiria contestando os argumentos da indústria e da própria ciência, considerando todos os seres como sujeitos e não mais como produto, pressionando governos e empresas a mudarem suas posturas e definindo um novo paradigma no tratamento para com os animais.

Senciência
Segundo um dos maiores especialistas em Bioética do mundo, o escritor e filósofo Tom Regan, em seu livro Jaulas Vazias (Ed. Lugano), afirma que o que faz com que os animais tenham direitos são os mesmos motivos que fazem com que bebês ou pessoas com limitações físicas ou intelectuais os tenham.

Apesar de não fazerem uso da mesma linguagem e não terem o mesmo entendimento de mundo que a sociedade que os cerca, têm consciência do que está à sua volta e se importam com o que acontece a eles, quer os outros se importem ou não.

Esse conceito, definido pelo filósofo como “sujeitos-de-uma-vida”, é o que faz com que animais tenham direitos: sua senciência, a consciência de si mesmo e de estar no mundo, além do instinto de preservação de sua integridade.

De acordo com a especialista em Bioética Sônia Felipe, da Uni­­versidade Federal de Santa Cata­rina (UFSC), estar vivo e ter a no­­ção de si no ambiente não é prerrogativa dos humanos e considerar esse fato nas sociedades animais eleva a dignidade humana. “A mesma lógica que aplicarmos contra os interesses dos animais pode ser empregada contra nós, porque, quer queiramos ou não, somos animais. Quando pensamos que eles têm um estatuto moral próprio, pensamos que nossa condição também o tem. Assim, ao invés de nos rebaixarmos, dignificamos nossa estatura moral.”, afirma.


A lei é a lei
O artigo 32 da Constituição Brasileira protege animais de abusos que ponham em risco sua integridade física e psicológica. Poucos países trazem no texto constitucional a garantia do bem estar dos animais.

O escritor Laerte Levai, promotor de Justiça de São José dos Campos e especialista em Bioética pela Universidade de São Paulo, defende uma posição crítica em relação à não-aplicação das leis contra maus-tratos aos animais de produção.

Segundo ele, a relação homem/animal tem sido marcada pelo estigma do domínio e da servidão, dentro do qual as espécies não-humanas são desconsideradas em sua dignidade.

“A legislação, por melhor que seja, nunca será suficiente para a mudança de mentalidades. Isso porque o direito envolve coerção, enquanto a sensibilidade humana vem da educação”, ressalta.

Seu cachorro e sua comida


Em O Dilema do Onívoro (Ed. Intrínseca), o jornalista estadunidense Michael Pollan diz que, quanto maior a distância das duas pontas da cadeia alimentar humana – o solo e a prateleira (dos supermercados, açougues e afins) – mais ignorantes somos em relação ao que comemos.

Esse é o paradigma que explica, segundo Sônia Felipe, porque gostamos de nossos cães e gatos, mas não estabelecemos a mesma empatia com relação a bois e peixes.

“Os animais usados como comida são desconhecidos da mente humana, especialmente a formatada nos centros urbanos. Mas as pessoas que têm animais em sua companhia, acompanham a agonia e as alegrias desse animal no cotidiano. Feito isso, já não suportam a ideia de infligir a esse animal qualquer tipo de dano, dor ou sofrimento”, diz.


Para a professora, esse processo alienatório extingue a culpa do consumo, pela diferenciação de que uma espécie tem mais valor do que outra, levando em conta sua utilidade ao ego humano. “ Abraçar um tipo de animal e passar a faca no pedaço de carne de outro no seu prato, torna-se algo natural. Há uma distância enorme entre o que a mente produz, ao elaborar a percepção do animal como um ser vivo senciente, que precisa receber proteção e cuidados, e a percepção da carne, alimento propagado como bom e necessário para o organismo humano”, opina.

Fonte: Gazeta do Povo

USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais

Um laboratório da USP desenvolveu uma pele artificial que pode substituir testes de cosméticos em animais e ajudar também em sua redução nos testes farmacológicos.

Agora, as pesquisadoras estão em fase de contatos com empresas para viabilizar o financiamento da utilização do modelo desenvolvido, apesar de ele já estar pronto há cerca de um ano.



Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes


De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvya Stuchi, responsável pela pesquisa, já existem outros modelos de pele artificial sendo utilizados nos Estados Unidos e Europa. No entanto, há dificuldades de transporte e importação, já que é um material vivo e sensível.

Assim, quando há a demanda de não usar animais no Brasil --ou pelo menos usar menos--, o que acaba acontecendo é o envio dos princípios ativos dos cosméticos para testes no exterior. O problema é que a indústria brasileira gasta muito para fazer testes em outros países.

"Desenvolvemos uma estrutura de pele completa, com três elementos", diz Stuchi. "o melanócito, responsável pela pigmentação; o queratinócito, responsável pela proteção; e o fibroblasto, segunda camada", explica ela.

Tendência: sem animais
"A partir deste ano, na Europa, já não há testes em animais para cosméticos, é algo mandatório", afirma a professora Silvia Berlanga, corresponsável pela pesquisa na USP. "É uma tendência mundial."


Para cosméticos como filtro solar e creme antirrugas, a questão fica mais fácil de resolver com a pele artificial e por isso animais já foram totalmente substituídos no continente europeu. Porém, a questão fica mais dificil no que toca à indústria farmacêutica, diz Berlanga. "Os medicamentos podem envolver também ingestão via oral, ou mesmo endovenosa [pelo sangue]", explica ela.

Fármacos envolvem absorção pelo organismo, o que vai além da pele em si. Por isso, neste caso, o que ocorreu foi a redução do uso de animais, já que ao menos certas etapas de testes puderam ser substituídas.

Motivações
O representante da Interniche (International Network for Humane Education) no Brasil, o biólogo e psicólogo Luís Martini, estima que ainda mais de 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experimentos e testes.

Uma motivação para a transferência para modelos de laboratório é a própria importância científica de trabalhar com a pele da própria espécie humana, que é específica. "Assim trabalha-se com algo mais fidedigno ao que é real", explica a professora Silvya Stuchi.

Martini esclarece ainda que, devido às diferenças fisiológicas entre as espécies, há "inúmeros casos em que medicamentos que foram desenvolvidos e testados em animais tiveram que ser retirados do mercado por terem causado efeitos adversos severos quando foram utilizados por seres humanos".


Outro motivo é a "ética da experimentação" ao lidar com os animais, como diz Berlanga. "Mesmo que fique mais caro com a pele artificial, é importante reduzir o uso de animais", diz ela.

George Guimarães, presidente do grupo de defesa dos direitos animais Veddas, vai mais além. "Consideramos isso [uso de animais] inaceitável do ponto de vista moral e ético, uma vez que esses animais não escolheram ser usados para servir aos nossos interesses."
O ativista e nutricionista afirma ter levado a Brasília, na época da aprovação da lei Arouca, que regulamentou os experimentos com animais em outubro de 2008, um total de 26 mil assinaturas buscando expor sua visão. Mas diz não ter obtido espaço com os parlamentares, que só recebiam "representantes das instituições científicas".

Martini completa dizendo que "os experimentos em animais causam dor e sofrimento". Assim, "segundo o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, deveríamos respeitá-los nos seus direitos básicos que são o direito à vida, à integridade física e à liberdade."

DesenvolvimentoA matéria-prima utilizada para criar a pele é na verdade de doadores humanos mesmo, que fazem cirurgias plásticas --no caso do laboratório da USP, são utilizadas doações do Hospital Universitário. Assim, as células são cultivadas em placa de petri e são formados os tecidos, incluindo a derme e epiderme.

O objetivo original do desenvolvimento da pele, no entanto, que começou há 15 anos, foi para o estudo do melanoma, um tipo grave de câncer de pele.

De lá para cá, a professora Stuchi cita dois marcos importantes. O primeiro foi a parceria com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer Ludvig, estabelecido no Hospital do Câncer em São Paulo, com quem aprendeu muito o isolamento das células, a partir de 2005.

O segundo marco foi com uma primeira bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2007 e 2008, sua temporada como pesquisadora visitante na Universidade de Michigan, EUA. Lá adquiriu diversos tipos de tecidos de pele humana e pôde fazer testes com eles no Brasil, obtendo realmente o conhecimento sobre como fazer a estrutura da pele.

Em 2009, o projeto de pesquisa na USP obteve nova verba da Fapesp, por meio do qual, aprimoramentos no modelo de pele estão sendo realizados.

Fonte: Folha Online

VOTE NA ENQUETE:"Você é a favor da interrupção do uso de animais em testes?"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u631911.shtml

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"No Limite": Globo é condenada por maus tratos a animais


"A Rede Globo foi condenada por ação pública e proibida de gravar e exibir provas em No Limite que envolvam animais de qualquer espécie e cenas de maus tratos sob multa diária de R$ 50 mil para o caso de descumprimento da ordem, por cada programa exibido em desobediência à determinação do juiz Gustavo Henrique Cardozo Cavalcante, terça-feira (15).

A condenação é fruto de ação civil pública movida pelo Ministério Público do Ceará, a partir de representação da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA).

O programa já exibiu diversos episódios em que os participantes eram incitados a comer peixes ainda vivos, retirar pintos de dentro de ovos, perseguir galinhas forjando um falso estado de necessidade, entre outros maus-tratos. A região em que No Limite é gravado, o município de Trairi, no Ceará, também é conhecido por ser uma zona de animais silvestres - o que agrava a situação da Globo.

O diretor geral do programa, José Bonifácio Brasil de Oliveira (o Boninho), foi intimado a cumprir a ordem, sob penas legais. A emissora confirma a intimação recebida na data e informa que ainda está decidindo se vai recorrer ou não.

Desde que entrou no ar, a TV Globo vem enfrentando vários problemas com o reality. Além da baixa audiência, o programa foi alvo de manifestações de grupos de defesa dos animais e enfrenta processo no Ministério Público do Ceará, que solicitou a retirada do programa do ar.

O programa foi alvo de repúdio na Internet e manifestações públicas.

Em mensagem eletrônica que circula por várias listas da Internet, a advogada Geuza Leitão, da UIPA, avalia que a decisão se deu também em razão da recusa por parte da TV Globo em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – acordo judicial mediado pelo Ministério Público – para cessar os maus tratos."


SEM DÚVIDA, A CONDENAÇÃO É UMA DECISÃO HISTÓRICA!
UMA CONQUISTA QUE FORTALECE NÃO SÓ A LUTA PELOS DIREITOS ANIMAIS COMO TAMBÉM A LUTA POR UMA MÍDIA MAIS ÉTICA E MENOS DEGENERADA.
PARABÉNS A TODOS OS ATIVISTAS ENVOLVIDOS!



Para denunciar programas de televisão que abusem da baixaria, cometam abusos e violações de direitos (tais como tratamento indigno, humilhação, difusão de valores preconceituosos e discriminatórios), acione a campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, através do telefone 0800 619 619 ou do site www.eticanatv.org.br

sábado, 19 de setembro de 2009

Jasmine e o Amor


" Em 2003, a policia de Warwckshire, Inglaterra, abriu um galpão de um jardim e encontrou ali um cão choroso e encolhido. Ele havia sido trancado e abandonado no galpão. Estava sujo, desnutrido e claramente maltratado.

Num ato de bondade, a policia levou o cão para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. Lugar este conhecido como um paraiso para animais abandonados, orfãos ou com outra qualquer necessidade. Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saude do animal, e ganhar sua confiança. Levou varias semanas,mas finalmente os dois objetivos foram alcançados. Deram a ela o nome de Jasmine, e começaram a pensar em encontrar para ela um lar adotivo.

Mas Jasmine tinha outras ideias. Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos animais que chegavam ao Santuário. Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas vindas.


Geoff conta um dos primeiros incidentes: " Nós tinhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel Doberman.

" Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se e abocanhou um pelo cangote e colocou-o em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando- os. " Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma e desestressa e isto os ajuda, não só a ficarem mais próximos a ela mas também a se adaptarem ao novo ambiente"

" Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos: ela lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem- se em seu nariz". Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, um papel para o qual ela nasceu.



A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos e quinze coelhos. E um cervo montês. O pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semi-consciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mante-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.

" Eles são inseparáveis", diz Geoff. " Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando...Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer ve-los"


Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta.
Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo orfão ou a próxima vitima de abusos e maus tratos!"


UM VERDADEIRO EXEMPLO DE AMOR INCONDICIONAL!
VOCÊ CONHECE MUITOS SERES HUMANOS CAPAZES DISSO???

... JASMINE ESTÁ AÍ PARA ENSINAR...

sábado, 4 de julho de 2009

Um grito em defesa da vida!



OBRIGADA MICHAEL!

sábado, 20 de junho de 2009

'CONVOCAÇÃO URGENTE RIO DE JANEIRO- MANIFESTAÇÃO - RJ'



Solicito que essa mensagem seja divulgada, para cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, protetores de animais e simpatizantes pela causa, para que compareçam na próxima TERÇA-FEIRA, DIA 23 DE JUNHO DE 2009, ÀS DEZESSEIS HORAS, NA ALERJ - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Praça XV, s/no., PALÁCIO TIRADENTES, para participarem da SESSÂO NO PLENÁRIO que estará tratando dos problemas existentes no CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, localizado em Santa Cruz, com referência aos maus tratos, sacrifício de animais etc....
O Deputado Estadual e Presidente da COMISSAO PERMANENTE DO MEIO AMBIENTE NA ALERJ, apresentará aos deputados estaduais um relatório sobre o que vem ocorrendo naquele órgao municipal de saúde, após fiscalização na última quarta-feira, 17/06/09.

A CONCENTRAÇÃO SERÁ NO ESTACIONAMENTO DA ALERJ, ENTRE O PRÉDIO ANEXO E O PALACIO TIRADENTES.
LEVEM FAIXAS, MÁSCARAS DE ANIMAIS, CAMISETAS, CARTOLINAS PROTESTANDO COM O QUE VEM OCORRENDO NAQUELE LOCAL.

TODOS NÓS DEVEMOS NOS MOBILIZAR PARA QUE OS DIREITOS DOS ANIMAIS NÃO-HUMANOS SEJAM RESPEITADOS.

ELIMINAR VIDAS É CRIME!!!!





...vazias de animais puros, inocentes e indefesos e CHEIAS de humanos calhordas, corruptos, exploradores, cruéis, covardes, hipócritas, aproveitadores e manipuladores! JAULA PARA QUEM PRECISA!!!


"Adote um animal "de rua" e
não incentive a criação em
escala industrial dos canis
e gatis. Para cada animal
comprado, um outro morre em
um centro de zoonoses.
Seja humilde e mostre que
você se importa. Afinal,
amigo não se
compra, se adota!!"

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A SUPERIORIDADE DOS "HOMENS" E SUAS VÍTIMAS...

SIM, OS ANIMAIS NÃO-HUMANOS SÃO AS MAIORES E MAIS INDEFESAS VÍTIMAS DA PRETENSA SUPERIORIDADE ANDRO-FALO-ANTROPOCÊNTRICA PATRIARCAL, MAS CERTAMENTE, E TAMBÉM MUITO INFELIZMENTE, MULHERES, ÍNDIOS E NEGROS SÃO ALGUMAS DAS CLASSES QUE SABEM QUE ESTE PARADIGMA OPRESSIVO CONTINUA VIGORANDO COM FORÇA TOTAL AINDA NOS DIAS DE HOJE E SE ESTENDE PARA ALÉM DO ESPECISMO PROPRIAMENTE DITO, OU SEJA, ESPECISMO = RACISMO = SEXISMO.
POR DETRÁS DA FACHADA DE LIBERAÇÃO FEMININA E JUSTIÇA SOCIAL, A REALIDADE QUE SE APRESENTA NO DIA-A-DIA É BEM OUTRA...
NA VERDADE NADA MUDOU MUITO, ALÉM DO DISCURSO, É CLARO... OU MELHOR, NEM ISSO...
BASTA ATENTAR-SE À LINGUÍSTICA SEXISTA À QUAL TODOS(AS) ESTAMOS SUBJUGADOS(AS), E QUE É UTILIZADA INCLUSIVE NO TEXTO ABAIXO, SEMPRE EMPREGANDO O TERMO “HOMEM” AO REFERIR-SE À ESPÉCIE HUMANA...
SUBLIMINARMENTE, A SUPERIORIDADE DOS "HOMENS” É CONSTANTEMENTE REFORÇADA NO SUB-CONSCIENTE INDIVIDUAL E COLETIVO ATRAVÉS DAS MAIS VARIADAS FORMAS, E A LINGUAGEM CERTAMENTE, É UM DOS MAIS EFICIENTES MEIOS...
AS VERDADEIRAS “VÍTIMAS” SÃO TODOS AQUELES QUE NÃO SEJAM MACHOS, BRANCOS E/OU HUMANOS...(por Claudia B)

PARA LER O TEXTO CLIQUE SOBRE A IMAGEM ABAIXO



"OS ANIMAIS EXISTEM POR SUAS PRÓPRIAS RAZÕES. ELES NÃO FORAM FEITOS PARA HUMANOS, ASSIM COMO NEGROS NÃO FORAM FEITOS PARA BRANCOS OU MULHERES PARA OS HOMENS."
(Alice Walker)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Aprendendo com os animais

"Se voce quiser aprender a amar, comece pelos animais; eles são mais sensiveis" (G.I.Gurdjieff, filósofo armênio)



"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."
Autor: (Albert Schweitzer)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Abaixo-assinado pelos animais - projeto de lei visa descriminalizar maus-tratos a animais


Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei número 4548/98 que está apensado ao projeto de lei número 3981/00 e que propõe que seja removida do artigo 32 da lei federal número 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) a criminalização de atos de maus-tratos a animais domésticos ou domesticados.

Há mais de 10 anos, esse é o principal recurso legal que garante a punição de pessoas que cometem atos de maus-tratos contra animais. A aprovação desse novo projeto de lei implicaria na remoção da caracterização de crime para aqueles que maltratam animais, basicamente denotando tal comportamento como aceitável.

Manifeste-se nessa campanha que o VEDDAS inicia agora assinando o abaixo-assinado que será entregue ao Congresso Nacional e será usado na campanha em conjunto com outras ações.

A petição preparada pelo VEDDAS está disponível em:

http://www.petitiononline.com/artigo32/petition.html

Acompanhe o andamento da campanha acessando:

http://veddasartigo32.blogspot.com


ASSINE, REPASSE, CONTRIBUA – leva apenas alguns segundos e fará toda a diferença para milhares de animais!


Os animais contam com você!


IMPORTANTE: Digite o seu nome, e-mail e cidade com atenção. Use um endereço de e-mail válido, do contrário a sua assinatura será removida pelo servidor. Ao final, certifique-se de clicar em “Approve Signature” para que a sua assinatura seja efetivada. Você receberá uma mensagem de e-mail em inglês (a petição está hospedada em site estrangeiro) apenas informando que a sua assinatura foi registrada. Não é necessário responder a essa mensagem.


Assine aqui: http://www.petitiononline.com/artigo32/petition.html


Fonte: VEDDAS – Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade

www.veddas.org.br

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ESCRAVIDÃO



"No momento, nosso mundo de humanos é baseado no sofrimento e na destruição de milhões de seres não-humanos. Aperceber-se disso e fazer algo para mudar essa situação, por meios pessoais e públicos, requer uma mudança de percepção equivalente a uma conversão religiosa. Nada poderá jamais ser visto da mesma maneira, pois uma vez reconhecido o TERROR e a DOR de outras espécies, você irá, a menos que resista à conversão, ter consciência das permutações de sofrimento interminável em que se apóia a nossa sociedade." (Arthur Conan Doyle)


Hoje em dia, em todo o mundo, e maciçamente no Brasil, escravos são forçados a trabalhar e agir de acordo com a ordem de seus mestres. Como nós, estes escravos querem viver e serem livres. Mas, diferentemente de nós, estes são vistos como mera propriedade perante a lei.

Estamos falando dos animais não-humanos.

Vendemos e compramos suas vidas como se fossem meros produtos destituídos de interesses e sensibilidade;

Roubamos toda sua dignidade, os forçando a fazer números em circos, torturando-os em rodeios e retirando-os de sua família e seu habitat para trancafiá-los dentro de cercados nos zoológicos;

Forçamos sua procriação e roubamos seus filhotes para nos fazerem companhia;

Testamos nossa curiosidade científica neles, mas com o objetivo único de beneficiar a nós mesmos;

Os criamos, engordamos e assassinamos para nos servirem de alimento ou somente para assassiná-los e arrancar sua pele.

Em outras palavras: nós os usamos. Fazemos deles nossos escravos, coisas sem interesses ou sentimentos. Pensar que eles estão aqui para nosso proveito é tão sensível quanto o que pensavam os colonizadores a respeito dos índios, os brancos sobre os negros, os nazistas sobre os judeus.

A vida dos animais não-humanos pertence a eles mesmos, não a nós! Como nós, eles possuem o interesse básico de não serem propriedade de ninguém. E, exatamente como nós, eles não abririam mão desse interesse por nada nesse mundo! Trata-se então de um direito deles e não um favor que devemos fazer.

No século XIX, os negros se rebelaram contra a tirania dos brancos – a luta contra o racismo. No século XX, as mulheres se uniram contra a tirania dos homens – a luta contra o sexismo. Cabe a pessoas sensatas e respeitosas como você decidir se o século XXI poderemos nos unir pelo bem de seres que não são capazes de se organizar: os animais não-humanos. Essa é a luta contra o especismo, a discriminação de espécies.

E para traçar o caminho da abolição, é necessário dar o primeiro passo: boicotar as empresas responsáveis por essa escravidão. Ninguém precisa comprar couro, nem poodles, nem ir a zoológicos. Ninguém precisa comer produtos de origem animal, todos podemos deixar de comprar produtos testados em animais e adotar animais que foram abandonados nas ruas. Chama-se VEGANISMO este ato abolicionista que é feito diariamente.

Conte com nosso apoio na sua transição para o veganismo!

Fonte: GATO NEGRO NÚCLEO DE LIBERTAÇÃO ANIMAL
http://www.gato-negro.org


"Os animais existem por suas próprias razões.
Eles não foram feitos para humanos,
assim como negros não foram feitos para brancos
ou mulheres para os homens."
(Alice Walker)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Depoimento de um médico vegetariano


Dr. Eduardo Lima é médico (clínico geral), formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora há 32 anos. Escreveu esse contundente depoimento pessoal quando parou de comer carne, em julho de 2007. Quando solicitado a dar uma entrevista sobre o vegetarianismo e sobre como se tornou um vegetariano, fez questão de que constasse esse “documento” já elaborado. Desde então, mantém-se firme como vegetariano.

'Estou com 55 anos. Tenho artrite, pressão alta, cansaço, dor muscular e articular, gota, má digestão, dor de cabeça e irritabilidade. Não bastasse ser médico e conviver com dezenas destas queixas, me vi também envolvido por elas. É a idade, penso eu. Passou dos cinqüenta, ninguém agüenta! E assim, como todo cidadão que vai para o trabalho, tomava o ônibus bairro-centro e voltava centro-bairro. Sabem onde moro? No centro. São dois pontos e pronto, cheguei! Mas cadê a coragem, perna, fôlego, disposição para andar oito quadras (mais ou menos 1 Km)?

Mas 55 anos, 1,85 m, 97 kg e dor pra todo lado, vamos de ônibus mesmo. E aos meus clientes recomendando não comer açúcar, carne vermelha apenas nos churrascos, peixe e frango à vontade, evitar o que dá debaixo da terra, cuidado com massas, façam exercício, etc. Como? Se eu, nunca, em dia algum de minha existência, deixei de comer carne. E aí, entenda-se, hambúrguer, salsicha, bacon, lingüiça, caldos concentrados (galinha, bacon, carne, camarão), agora o bacalhau, que recentemente descobri, filés, picanhas, chouriço argentino, rabada, buchada, chouriço da roça (cheio de redanha), torresmos, figuinho, simbiquira, língua, peixes diversos, einsbein (prato que me especializei), miolo (que aprendi a limpar e preparar congelado), assim como a traíra sem espinho.

Médico, cozinheiro e glutão! Sem nenhuma restrição, almoçava no restaurante vegetariano e comia em seguida três espetinhos (vaca, porco e coração), além de pedir um misto pra mim.

55 anos, com uma mãe que cozinhava maravilhosamente e com um pai que chegou aos 120 quilos. Ele apreciava do bom e do melhor no seu prato cheio. Fui criado “saudável” e feliz, com mesa farta. Sustentar a família, para eles, era comer, comer, comer! Carnes, carnes, carnes!

Algumas vezes, sendo médico e com reputação a defender, quando me aproximava dos perigosos 100 quilos, entrava no regime. Qual? Dieta revolucionária do Dr. Atkins, à base de carne, queijo e ovos. É gordura queimando gordura. Perdia 10 quilos em trinta dias e ganhava 4 em sete dias. Mas podia comer o que mais gostava, ou seja, carne, queijo, ovos, bacon, torresmos, lingüiças, chouriço…

De repente, após receitar os mais modernos fármacos para reduzir colesterol, triglicérides, ácido úrico, proteger o fígado da esteatose (degeneração gordurosa), que custam até dez reais ao dia e depois de tentar me livrar do vício do fumo (com o qual luto desde o primeiro maço de cigarros, aos 19 anos), parei de fumar e fiz jejum. Jejum?! Só água no primeiro dia, no outro dia só fruta, no outro, água, fruta, verdura; no quarto dia… tchan, tchan, tchan! Eu era outro homem.

Sem dor nos pés, alegre, feliz, esperançoso. 55 anos, estou na metade de minha existência! Tudo o que fiz, vou fazer melhor, pois já aprendi o caminho das pedras. Eureca! O que aconteceu comigo? Mudou minha cabeça? Parar de fumar (a centésima vez) me ajudou, ou não comer carne os primeiros quatro dias de minha vida me fizeram este bem?

Foi em 18 de julho e jamais me esquecerei. Tudo o que aprendi como médico e carnívoro ruíram nestes quatro dias. Mente sã, corpo são! Pude compreender que não comer carne faz bem e hoje, quase quatro meses depois, posso afirmar o bem que me fez não comer mais carne. Esta é a melhor receita que posso passar a todos os meus pacientes. Romper uma cultura, 10 quilos mais magro, mais ativo, mais saudável, mais alegre e absolutamente sem nenhuma dor, enfrento, em 100% das pessoas para as quais digo que parei de comer carne, o estigma do nem frango, nem peixe? Por que?

Se eu, 55 anos, médico, jamais pensei em ficar um dia sequer sem comer boi ou vaca, porco, javali, frango, galinha, capivara, rã, coelho, paca, tatu, cotia, tartaruga, peixes, crustáceos (camarão, lula, polvo, sururu, lagostas) e enganado, cães, cavalos, jegues, gatos, e tudo o mais que a cultura humana o permitia. E que prazer! Que sabor! Sal, alho, cebola, pimenta, louro, canela, cominho, açafrão, salsa, cravo, alecrim…

Cachaça, Saquê, conhaque! Todos os temperos para dar gosto às “maravilhosas” carnes. Fruto colhido da morte, de um cessar de vida, qualquer vida que um cutelo, um tiro, uma faca, um porrete, um chucho ou um anzol e uma rede, seguidos da asfixia, nos permitiram descamar, despelar ou descourar e com o nosso poder sobre o fogo, transformar em “iguarias fantásticas”, com gosto de sal, alho, cebola, pimenta, louro, canela, cominho, açafrão, salsa, cravo, alecrim, cachaça, saquê, conhaque, vinho, vinagre. Por que?

Se eu, aos 55 anos tive a oportunidade de reconhecer que, em todos estes anos, não me alimentei e sim, me intoxiquei, sou obrigado, pelas oportunidades a mim permitidas e por ser um médico, de recomendar a todos os meus pacientes que deixem de comer carne. Todo o prazer e benefícios da alimentação saudável podem ocorrer com qualquer alimento coletado da natureza, temperados com sal, alho, cebola, pimenta e etc. Os sabores se multiplicam, os prazeres só aumentam, a culpa desaparece, a saúde é que agradece.

Mas como médico que sou,
após este aprendizado
procurarei ,por todos os meios,
lhes deixar o legado.
Como um náufrago na ilha
em uma garrafa,
uma mensagem enviaria
para alguém, que a recolheria.

"Sois o que vós comeis!
Se da natureza, colhes os frutos,
felizes e alegres sereis.
Se da morte se alimentares,
Sorte igual então tereis"


Um médico de 55 anos, 31 de profissão, que teve como experiência tornar-se outro homem, ao parar de comer carne, inclusive frango e peixe.'

Eduardo Lima em 29/10/2007

Para firmar a veracidade deste depoiemento, pesquise pelo CRM 9310 no site do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais www.crmmg.org.br

Fonte: www.vista-se.com.br