segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ONU recomenda mudança global para dieta sem carne e sem laticínios


Segundo relatório da ONU, um consumo reduzido de produtos de origem animal é necessário para salvar o mundo dos piores impactos das mudanças climáticas.ONU afirma que agricultura se equivale ao consumo de combustíveis fósseis porque ambos crescem rapidamente com o desenvolvimento econômico.
Foto: Daniel Beltra/Greenpeace

Uma mudança global para uma dieta vegana é vital para salvar o mundo da fome, da escassez de combustíveis e dos piores impactos das mudanças climáticas, afirmou hoje um relatório da ONU. Na medida em que a população mundial avança para o número previsível de 9,1 bilhões de pessoas em 2050 e o apetite por carne e laticínios ocidental é insustentável, diz o relatório do painel internacional de gerenciamento de recursos sustentáveis do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP).

Diz o relatório: “Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e do consumo de produtos de origem animal. Ao contrário do que ocorre com os combustíveis fósseis, é difícil procurar por alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial nos impactos somente seria possível com uma mudança substancial na alimentação, eliminando produtos de origem animal”.

O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos de origem animal causam mais danos do que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. A biomassa e plantações para alimentar animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fósseis”.

A recomendação segue o conselho de Lorde Nicholas Stern, ex-conselheiro do governo trabalhista inglês sobre a economia das mudanças climáticas. O Dr. Rajendra Pachauri, diretor do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), também fez um apelo para que as pessoas observem um dia sem carne por semana para reduzir emissões de carbono.

O painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o desenvolvimento econômico, eles disseram.

Ernst von Weizsaecker, um dos cientistas especializados em meio ambiente que coordenaram o painel, disse: “A crescente riqueza econômica está levando a um maior consumo de carne e laticínios – os rebanhos agora consomem boa parte das colheitas do mundo e, por inferência, uma grande quantidade de água doce, fertilizantes e pesticidas”.

Tanto a energia quanto a agricultura precisam ser "dissociadas" do crescimento econômico porque os impactos ambientaris aumentam, a grosso modo, 80% quando a renda dobra, afirma o relatório.

Achim Steiner, subsecretário geral da ONU e diretor executivo da UNEP, afirmou: “Separar o crescimento dos danos ambientais é o desafio número um de todos os governos de um mundo em que o número de pessoas cresce exponencialmente, aumentando a demanda consumista e persistindo o desafio de aliviar a miséria e a pobreza".

O painel, que fez uso de diversos estudos incluindo o Millennium Ecosystem Assessment (avaliação do ecosistema no milênio), cita os seguintes itens de pressão ambiental como prioridade para os governos do mundo: mudanças climáticas, mudanças de habitats, uso com desperdício de nitrogênio e fósforo em fertilizantes, exploração excessiva dos oceanos e rios por meio da pesca, exploração de florestas e outros recursos, espécies invasoras, fontes não seguras de água potável e falta de saneamento básico, exposição ao chumbo, poluição do ar urbano e contaminação por outros metais pesados.

A agricultura, particularmente a carne e os laticínios, é responsável pelo consumo de 70% de água fresca do planeta, 38% do uso da terra e 19% da emissão de gases de efeito estufa, diz o relatório, que foi liberado para coincidir com o dia Mundial do Meio Ambiente no sábado.

Ano passado, a Organização de Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) disse que a produção de alimentos teria de aumentar em 70% para suprir as demandas em 2050. O painel afirmou que os avanços na agricultura serão ultrapassados pelo crescimento populacional.
O professor Hertwich, que é também diretor de um programa de ecologia industrial na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, disse que os países em desenvolvimento, onde se dará grande parte do crescimento populacional, não devem seguir os padrões de consumo ocidentais: “Os países em desenvolvimento não devem seguir nossos modelos. Mas cabe a nós desenvolver tecnologias em, digamos, energia renovável e métodos de irrigação.”
Leia o relatório: http://www.unep.org/resourcepanel/documents/pdf/PriorityProductsAndMaterials_Report_Full.pdf

Texto escrito por Lucas Afonso


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Homenagem


Por você REALMENTE voluntário
que com tantos compromissos agendados, não ficou indiferente diante de um
animal atropelado, sarnento, esfomeado, abandonado
Por você voluntário, que teve seu descanso interrompido para socorrer um animal aos gritos
Por você que desceu ribanceira, correu na chuva, atolou na lama
Por você voluntário, que mesmo sem espaço, acolheu mais um animal abandonado
Que diante de um gemido de um cão, ou de um gato, não teve seus ouvidos tapados.

Por você que diante de um animal teve compaixão
Que curou feridas, vacinou, castrou, amou
Por você voluntário, que nunca escondeu a emoção
Que chorou, que sofreu ao lado de um cão
Que criou mais braços e pernas para alcançar soluções
É por você voluntário, que o mundo animal tem se tornado menos pior
É por você que inúmeros miaus e aus-aus se espreguiçam ao sol
Brincam na grama, abanam a cauda, atendem por um nome
E é através de você, voluntário, de sua ação, que muitos animais tiveram oportunidade de reabilitação
Que conseguiram um lar, um brilho de alegria no olhar
A todos os voluntários,
Rendo minha singela homenagem
Pelo seu amor, dedicação e coragem
Deus abençoe toda mão que trabalha pela Divina Criação
Parabéns a todos REALMENTE voluntários!

texto recebido via e-mail