quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Movimentos


Os animais têm um papel importante na produção de comida, roupa, pesquisa de laboratório e entretenimento. Informação e senso comum, unidos aos profundos conhecimentos atuais sobre a sensibilidade animal, constituem a primeira tomada de consciência do sofrimento pelo qual somos responsáveis. De agora em diante, a defasagem entre o animal-ser-senciente e o animal-objeto-máquina no qual o humano quer convertê-lo explodirá em movimentos de resistência pela libertação, guiados por uma ética biocêntrica cada vez mais afiançada, que, assumindo diferentes posturas, conduzirá progressivamente à libertação animal. Os movimentos de mudança estão se espalhando pelo mundo inteiro, seja devido à ampliação do círculo das considerações éticas para a inclusão dos animais, seja pelo conhecimento dos benefícios individuais e coletivos decorrentes de se praticar e promover o respeito à vida animal não-humana.

Segundo uma pesquisa da Universidade de Yale, são as pessoas mais velhas, ou as menos instruídas, que encaram os animais como recursos [Scientific American, February/1997]. Até mesmo em uma sociedade carnívora como a argentina, cada vez mais jovens têm aderido à causa ecológica e se declarado vegetarianos. Em todos os setores, inclusive o religioso, surgem vozes voltadas a propiciar uma relação amistosa com os animais. Adotar um estilo de vida livre de crueldade não toma todo seu tempo; é um modo de viver exercendo de verdade o amor pelos animais e pela natureza em seu conjunto. Não implica gastar energia “fazendo” coisas, mas “deixando de fazer”. Nenhuma das ações interfere na possibilidade de se cuidar dos humanos. Se existir algo que caracterize os tempos de hoje, é a grande variedade de opções oferecidas pela tecnologia em matéria de comida, roupas, cosméticos, diversões, etc. "Nossa tarefa deve ser a de libertar-nos a nós mesmos... ampliando nosso círculo de compaixão para nele inserir todas as criaturas vivas e a totalidade do mundo natural com sua beleza." [Albert Einstein].

Esses movimentos contestam a suposta “humanidade” da humanidade, revolucionam a ética e são o símbolo para uma mudança absolutamente necessária. Porque aquilo que fere um animal fere todos os animais, incluindo o animal humano. Aquilo que os destrói nos destrói. A defesa dos animais é um motivo de orgulho para quem a pratica.

Fonte: Anima
www.anima.org.ar

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